A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente o burnout como uma condição ocupacional, e a nova Classificação Internacional de Doenças (CID) já está em vigor no Brasil desde o início de 2025. Essa mudança é crucial, pois confirma o burnout como uma preocupação de saúde pública. Com cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros afetados, o país se posiciona em segundo lugar no ranking mundial de casos. A pressão por desempenho máximo e uma cultura de trabalho exaustiva têm agravado esse cenário, contribuindo também para outras doenças como infartos.

Os sintomas do burnout incluem esgotamento, ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, dores frequentes e, em casos severos, depressão e isolamento social. O cinismo em relação ao trabalho, manifestado em indiferença e perda de propósito, é um sinal característico da síndrome. É fundamental diferenciar o burnout de uma simples falta de motivação, pois seu impacto pode ser tão profundo que um fim de semana muitas vezes não basta para a recuperação.

A solução para o burnout exige mudanças estruturais no ambiente de trabalho, promovendo uma gestão colaborativa que inclua os trabalhadores nas decisões. Os sindicatos têm um papel crucial na defesa da saúde mental, devendo lutar por atendimentos psicológicos e criar espaços que fortaleçam coletivos no ambiente laboral. Com a nova classificação da OMS, espera-se que empresas e governos adotem políticas eficazes de prevenção ao burnout, estabelecendo condições de trabalho mais saudáveis e equilibradas.

Fonte: Contábeis

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