O julgamento de um caso de homicídio no Tribunal do Júri de Pirapozinho, em São Paulo, foi suspenso na última sexta-feira, após desentendimentos entre advogados de defesa e o promotor de Justiça. A situação se agravou quando um advogado comentou, de forma informal, que daria uma "surra" no promotor, o que foi ouvido pela juíza e causou tensão no plenário. Após discussões, a juíza suspendeu a sessão para acalmar os envolvidos e pediu reforço policial para garantir a segurança.
A juíza recebeu informações de que um dos jurados se sentia ameaçado pela presença de familiares dos réus, o que levou um dos advogados a anunciar sua saída do plenário, alegando que o promotor estava "jogando com cartas marcadas". O advogado argumentou que a continuidade da sessão prejudicaria a imparcialidade do júri. Esse abandono foi interpretado pela juíza como injustificado, resultando na aplicação de multa por litigância de má-fé a seis advogados, visando cobrir os custos processuais da interrupção.
Diante do tumulto, a decisão da juíza gerou reações, com um procurador-geral manifestando apoio ao promotor, considerando a declaração do advogado como uma afronta à civilidade no sistema de Justiça. Por outro lado, o escritório de advocacia envolvido alegou que o comentário foi distorcido e que o promotor adotou uma postura xenofóbica, questionando a imparcialidade do júri e solicitando uma auditoria. O caso expõe tensões significativas no sistema judiciário, destacando a necessidade de um ambiente seguro e imparcial para a condução dos julgamentos.
Fonte: Migalhas
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