O advogado Mauro Ribas Junior, que representa três policiais militares investigados pelo assassinato de Vinícius Gritzbach, suposto delator do PCC, no aeroporto internacional de São Paulo, teve seu carro alvejado por tiros na noite do último sábado, 1º, em Sorocaba/SP.

Ele não foi atingido pelos disparos, mas sofreu ferimentos no rosto devido aos estilhaços dos vidros do veículo. Após o crime, o advogado seguiu para o hospital, mas não chegou a entrar na unidade.

A Polícia Militar foi acionada por um morador e encontrou Ribas Junior no acostamento da Rodovia Raposo Tavares, em frente ao hospital.

Enfermeiros foram chamados ao local para prestar atendimento e, posteriormente, ele foi transferido para um hospital particular da cidade, onde recebeu cuidados médicos, foi liberado e seguiu para prestar depoimento na delegacia.

Até o momento, as autoridades não confirmaram se o atentado tem relação com os clientes que o advogado representa. A polícia ainda investiga a motivação do crime.

Cobrança por investigações

A OAB Sorocaba e a OAB/SP emitiram notas de repúdio ao ataque, classificando o atentado como uma ameaça ao livre exercício da advocacia e à segurança pública.

O presidente da  24ª subseção, João Paulo Milano, afirmou que a entidade acompanhará de perto as investigações e cobrará das autoridades urgência e rigor na apuração do caso. Segundo a nota, o episódio não afeta apenas o advogado atacado, mas toda a advocacia, pois representa um risco ao exercício da profissão.

Já o presidente da OAB/SP, Leonardo Sica, entrou em contato com o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Artur José Dian, solicitando prioridade na investigação. De acordo com Dian, uma equipe especial já foi designada para o caso, e as informações serão compartilhadas com a OAB.

Sica também conversou com João Paulo Milano e reafirmou o compromisso da Ordem em garantir a proteção de advogados que possam estar em situação de risco.

A OAB/SP reforçou seu compromisso em atuar junto às autoridades para garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos.

Fonte: www.migalhas.com.br