Cresce o número de golpes cibernéticos após o conflito da Ucrânia.

Especialistas em segurança do Laboratório de Ameaças Avast detectaram aumento nos golpes cibernéticos após a deflagração do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Por essa razão, no dia 24 de março deste ano, os usuários do anti-vírus receberam notificação importante promovendo campanha de educação digital para prevenção de danos causados por cibercriminosos.

A Avast chamou atenção para alguns cuidados:

• Caso haja solicitação de dinheiro de alguém que supostamente está com problemas, deve-se contatar diretamente a pessoa solicitante, confirmando a legitimidade do pedido através de ligação telefônica ou pessoalmente.



• Em caso de doações, é preferível realizá-las em sites confiáveis, seguros e oficiais, evitando os links compartilhados em redes sociais.



• Há a produção vídeos com o rosto de pessoas públicas produzidos por tecnologia "deepfake" para promover golpes e induzir a vítima a confiar na mensagem transmitida.



• Deve-se desconfiar dos pedidos de ajuda que solicitam criptomoedas.

Além de envolver doações, os golpes também podem ser aplicados através da oferta de produtos e serviços com preços abaixo do mercado, ou através de e-mails phishing, ou de hacking. Por isso, é preciso desconfiar dos contatos que oferecem preços irrealistas, bem como dos e-mails de pessoas desconhecidas, evitando abrir links compartilhados.

Nesse sentido, importa que o usuário de aplicativos bancários não siga instruções passadas por ligações ou mensagens de supostos "funcionários do banco". Sempre que houver alguma dúvida, o usuário deve se deslocar à agência bancária mais próxima e averiguar com funcionário habilitado do banco as informações de que necessita para sanar suas dúvidas.

Caso não reconheça alguma das transações realizadas pelo aplicativo, é aconselhável que o indivíduo vá a delegacia de polícia para noticiar o ocorrido, e, imediatamente depois, procurar ao banco, para registrar o fato e pedir o bloqueio do aplicativo, impedindo assim um possível criminoso de permanecer controlando a conta por outro aparelho.

Cibersegurança é assunto de alta relevância para todos e não deve ser negligenciada sob pena de danos irreversíveis. O uso do smartphone trouxe muitas comodidades, mas todas as facilidades vieram acompanhadas de riscos.

O uso de aplicativos gratuitos ou de programas "pirateados" gratuitamente podem ter um custo muito maior do que se imagina. Basta o acesso remoto há alguns dados para ser possível acessar o aplicativo bancário, bloquear o verdadeiro aparelho do titular da conta, retirar saldo de criptomoedas daqueles que o tem, abrir contas ilegitimamente em bancos, falsificar documentos, acessar fotos privadas, utilizar o processamento do equipamento para minerar moedas digitais sem que o proprietário perceba, etc.

O crime cada vez mais passa a ser praticado no meio digital e por meio do digital. Educar-se é preciso.

Fonte: JusBrasil