Juiz manda plano de saúde custear tratamento médico para coluna

Por considerar o rol da ANS meramente exemplificativo, o juiz de Direito Tales Novaes Francis Dicler, da 1ª vara de Itapecerica da Serra/SP, concedeu liminar e determinou que plano de saúde custeie tratamento médico prescrito por profissional habilitado a paciente com espondiloartropatia degenerativa, um tipo de "desgaste" da coluna.

A beneficiária contou à Justiça que foi diagnosticada com sinais de espondiloartropatia degenerativa, necessitando de um tratamento médico denominado rizotomia percutânea. Ao requerer a autorização do plano, teve o pedido rejeitado sob a justificativa de que o procedimento estaria fora do rol da ANS e de que faltava um relatório médico para conclusão da análise.

Em julgamento preliminar do caso, o juiz ponderou que o rol de procedimentos da ANS é meramente exemplificativo, consistindo em referência básica para a cobertura mínima obrigatória a ser adotada pelos planos de assistência à saúde.

O magistrado considerou, também, que está presente o perigo de dano ou risco ao resultado útil proporcionado pela tutela jurisdicional (periculum in mora), tendo em vista que a não oferta do tratamento, seja pela recusa baseada na não previsão do método na lista da ANS, seja pela exigência do relatório médico, pode trazer consequência graves à saúde da autora, que quanto antes receber o tratamento, terá maior perspectiva de superação do transtorno.

Assim sendo, concedeu a tutela a fim de determinar que a ré efetue a liberação da realização do procedimento pleiteado pela beneficiária, no prazo máximo de cinco dias.

Fonte: Migalhas

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