Juíza de Direito Thaís da Silva Porto, do JEC de Santana de Parnaíba/SP, condenou a Latam a restituir 110.730 pontos Multiplus a um homem que teve suas milhas utilizadas por terceiros para a compra de passagens. Segundo a magistrada, a responsabilidade de comprovar a licitude da transação dos pontos era da empresa, o que não foi feito.
Na Justiça, um homem solicitou que a Latam restitua as milhas aéreas que foram subtraídas de sua conta e utilizadas por terceiros desconhecidos para a compra de passagens aéreas.
Em sua defesa, a Latam alegou culpa exclusiva do autor ou de terceiros, afirmando que o acesso à utilização ou compra de milhas requer login e senha do perfil do cliente.
Ao analisar o caso, a magistrada observou que, como a Latam é responsável pelo programa de milhas, cabia à empresa comprovar a licitude da transação dos pontos do autor. Ela destacou que isso poderia ser feito mediante a apresentação de um extrato com os dados da transação, que deveria estar assegurado por um sistema de segurança criptografado, capaz de evitar fraudes como a sofrida pelo autor.
"É ônus da empresa comprovar a utilização/transferência de pontos anteriores ao autor de modo a comprovar eventual utilização ou a utilização de modo similar ao da transação impugnada na inicial, nem mesmo isso foi feito pela empresa", concluiu a juíza.
Assim, a magistrada julgou procedente o pedido, condenando a Latam a restituir 110.730 pontos ao autor.
Fonte: www.migalhas.com.br
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