Segunda mulher no cargo, Maria Thereza assume presidência do STJ

A futura presidente do STJ é natural de São Paulo, onde iniciou a trajetória acadêmica e profissional. Mestre e doutora em Direito Processual pela USP - instituição na qual também leciona -, tem especialização em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra, Instituto de Direito Penal Econômico Europeu e IBCCRIM.

Ministra do STJ desde 2006, atuou na 6ª turma e na 3ª seção - exercendo a presidência de ambos os colegiados de Direito Penal -, além de integrar, desde 2011, a Corte Especial.

Atual corregedora Nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura obteve o reconhecimento internacional pela participação ativa na comunidade jurídica, atuação que a levou a integrar o Conselho Consultivo da Rede Mundial de Integridade Judicial, da ONU. Maria Thereza faz parte também da Comissão de Ética da Cúpula Judicial Ibero-Americana.

Durante sua gestão, a Corregedoria Nacional de Justiça atingiu 100% de atendimento à demanda de novos processos e ainda reduziu o acervo de feitos anteriores (foram recebidos mais de 14,6 mil até junho último e baixados 16,3 mil). Atualmente, o número de processos pendentes é o menor registrado desde 2008.

No biênio, foram realizadas 62 ações de fiscalização e expedidos mais de 170 atos normativos. Entre os projetos desenvolvidos pela Corregedoria, há iniciativas relacionadas a questões sobre sequestro internacional de crianças, ao sub-registro civil, à proteção de dados pessoais, à informatização e à modernização dos serviços dos cartórios.

Maria Thereza foi ministra efetiva do TSE de 2014 a 2016, onde também exerceu as funções de corregedora-geral eleitoral (2015 a 2016), ministra auxiliar da propaganda (2013 a 2014) e ministra substituta (2013 a 2014). Ocupou, ainda, os cargos de diretora-geral da Enfam - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, de corregedora-geral da Justiça Federal e de vice-presidente do STJ - este último, de 2018 a 2020.

É autora e coautora de vários livros, entre eles "A prova por indícios no processo penal" (São Paulo - Saraiva, 1994, esgotado; reimpressão: Rio de Janeiro - Lúmen Júris, 2009) e "Justa causa para a ação penal" (São Paulo - RT, 2001, esgotado).

Og Fernandes

Nascido no Recife, o ministro Og Fernandes se formou em Direito pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, em 1974, e também é bacharel em jornalismo pela Unicap - Universidade Católica de Pernambuco, onde lecionou, como professor auxiliar, a disciplina Direito Processual Penal. Atuou como repórter, advogado, juiz de Direito e desembargador.

Ministro do STJ desde 2008, integrou a 3ª seção e a 6ª turma. Presidiu a 6ª turma no biênio 2012-2014. Foi membro da Comissão de Regimento Interno do tribunal e corregedor-geral da Justiça Federal.

Atualmente, o magistrado compõe a Corte Especial, a 1ª seção e a 2ª turma (da qual foi presidente no período 2015-2017), integra o Conselho de Administração e preside a Comissão de Documentação do tribunal. É diretor-geral da Enfam.

Og Fernandes é autor de diversas publicações, entre elas: "Estudo sobre Responsabilidade Penal", em coautoria com o desembargador Nildo Nery dos Santos, em trabalho de direito comparado coordenado pela professora Francesca Molinari, em 1985; "A Aplicação da Lei Maria da Penha para Irmãos", no Boletim do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), em 2010; "Estabelecimento Prisional: Posse de Carregador de Telefone Celular - Falta Grave", na Revista Jurídica Consulex, em 2012; e "Jurisprudência Ambiental do STJ", divulgada no Congresso Internacional de Direito Ambiental, em 2013.

O ministro recebeu menção honrosa na primeira edição do Prêmio Innovare, em 2004, na categoria Tribunais, com trabalho sobre o tema "Ouvidoria Judiciária".

Fonte: Migalhas. https://www.migalhas.com.br/quentes/372292/segunda-mulher-no-cargo-maria-thereza-assume-presidencia-do-stj

Todos os direitos reservados

MPM Sites e Sistemas - CNPJ: 12.403.968/0001-48